Mano Penalva participa de duas ações expositivas em São Paulo, que abrem para visitação pública esta semana.
Na Galeria Luiza Strina, o artista expõe sua obra “Bocada“, de 2022, na coletiva ‘uma cadeira é uma cadeira é uma cadeira’. Com organização de Nessia Leonzini e Livia Debbane, a mostra observa como as linguagens artísticas interferem, recriam, criticam ou se traduzem nestes móveis que, ao longo da história, refletiram diferentes momentos culturais, sociais e técnicos. Serão apresentadas até o dia 21 de setembro obras de mais de 50 artistas contemporâneos de diferentes gerações e linguagens.
Nesta obra, Penalva evoca a ação de colocar algo inteiro na boca em uma única mordida. Segundo o artista, o banco representa tal ação, em que as quatro quinas de um assento quadrado são suavizadas por estruturas de mesa de bilhar, assemelhando-se ao contorno de uma boca. As redes dessas estruturas estão preenchidas com bolas azuis e vermelhas, quase completas. “Bocada” traz esse momento, quando o objeto cumpre sua função – a ação é dada. Este trabalho surgiu em uma das muitas caminhadas do artista pelo centro de São Paulo, especificamente na lendária Rua 25 de Março, quando observou um ambulante alugando bancos para os passantes cansados de um dia de compras.
Mais informações: www.luisastrina.com.br
Já na Casa de Cultura do Parque – novo centro cultural da cidade de São Paulo, localizado no Alto de Pinheiros – o artista apresenta a instalação “Crepom“, concebida especialmente para o “Projeto 280×1020“. A participação de Penalva acontece dentro da programação do 2º ciclo expositivo de 2024, que também conta com obras de Carla Chaim, Marcelo Amorim, Nino Cais, Lenora de Barros, Rosângela Rennó, Leda Catunda e Flora Leite.
Inspirado pela memória afetiva de sua avó, que lhe ensinou a fazer flores de papel crepom, o artista celebra os saberes transmitidos pelo corpo e pelo afeto. “Crepom” é composta por uma videoperformance, um canal sonoro e dois grandes murais que lembram lousas, adornados com babados de crepom branco. Segundo a curadora e pesquisadora Mariana Leme, que assina o texto crítico, a instalação busca resgatar uma educação pela materialidade e pela beleza das coisas. Em cartaz até 13 de outubro.
Mais informações: ccparque.com.br
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por Estúdio em obra