A ARCO Lisboa 2023 chega à sua sexta edição, reunindo mais de 70 galerias de todo o mundo na Cordoaria Nacional, de 25 a 28 de maio.
A Portas Vilaseca participa da seção “Opening Lisboa“, dedicada a novas linguagens e espaços artísticos, com a curadoria de Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas.
A galeria preparou um projeto especial com a produção mais recente dos artistas brasileiros Íris Helena e Mulambö, cujas pesquisas atuais se entrecruzam.
As obras em exposição no stand OP04 trazem à tona a temática da imigração estrangeira em Portugal e a construção da capital do Brasil (Brasília) por migrantes, gerando uma reflexão sobre os desdobramentos político-sociais desses processos históricos e atuais.
Através de trabalhos em diferentes mídias e munido de uma destreza singular em ressignificar objetos do cotidiano, Mulambö aborda um tema de grande relevância e debate na contemporaneidade. Com seu olhar afiado e crítico, o artista versa sobre as consequências políticas e sociais da imigração, em obras que revelam nuances simbólicas dessa relação desenvolvida com o país de acolhimento, explorando questões como xenofobia e a busca coletiva pela reconstrução e renovação de um país.
Já Iris Helena, lança luz sobre a questão dos trabalhadores migrantes que construíram Brasília e acabaram formando e povoando as comunidades periféricas ao redor da nova capital do Brasil. Sua série “Livro do Tombo“, iniciada em 2018, é composta por trabalhos que simulam uma espécie de arqueologia contemporânea desses rastros de vida, entre obras da construção civil. A artista nos leva a refletir sobre a história e a memória desses trabalhadores migrantes e suas relações com a nova “Shangri-la” dos trópicos.
Clique aqui e baixe um catálogo exclusivo em PDF, com mais informações sobre o projeto, os artistas e as obras
GALERIA DE FOTOS
por Rodrigo Gatinho