A arte acima foi concebida pelo artista Mulambö para ilustrar os votos da Portas Vilaseca Galeria para um ano novo cheio de proteção e boas energias a toda sua rede de amigos e parceiros.
A galeria esteve fechada durante grande parte de 2020, mas nossa “Espada de Ogum” permaneceu ali, no aparador da janela, como uma espécie de amuleto e escudo contra as turbulências de um ano difícil.
Esses últimos meses têm sido de muitas inquietações e lutos, mas também de muitos desafios e aprendizados. Mesmo com a suspensão das exposições no espaço físico e o cancelamento de inúmeras feiras presenciais, novas ações de relacionamento com o público e de divulgação dos trabalhos dos nossos artistas representados foram realizadas, além da ativação de um movimento colaborativo de estímulo e fortalecimento de outros agentes e organizações, como o programa ARTE+CARE, que beneficiou projetos sociais e instituições relevantes do cenário cultural no Rio de Janeiro. Uma presença on-line mais acentuada também permitiu que ampliássemos nossa rede e contribuiu para aperfeiçoar estratégias e dinâmicas de nossa atuação. Entre sentimentos tão diversos e adversos, chegamos ao fim de mais um ciclo, na esperança de que dias melhores virão.
A partir de 19.12, estaremos em recesso, retornando às atividades em 08.01.2021. Obrigado a todos os artistas, amigos e colaboradores por mais um ano de parceria. Em tempos tão incertos, nunca foi tão importante e necessário respirar arte.
Seguimos juntos e fortes!
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DICAS DE LEITURA PARA O FIM DE ANO
Em tempos de recesso e ressaca após um ano tão complicado, preparamos uma lista especial com algumas dicas de leitura, entre catálogos de arte, revistas de ensaio e ficção brasileira contemporânea.
CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO “CASA CARIOCA” (MAR – MUSEU DE ARTE DO RIO) – Organizada pelo curador Marcelo Campos, a publicação reúne dezenas de textos e imagens que integram a coletiva, em cartaz até setembro de 2021. A Portas Vilaseca Galeria marca presença com três de seus artistas representados apresentando trabalhos, entre os mais de 800 selecionados: Mano Penalva, Mulambö e Raquel Nava. Clique aqui para baixar o seu exemplar gratuitamente.
CATÁLOGO DA 21a. BIENAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA SESC-VIDEOBRASIL (“COMUNIDADES IMAGINADAS”) – Vindas de regiões diversas do Sul geopolítico, as obras selecionadas para a 21a. Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil (atualmente em itinerância pelo interior de São Paulo após passar pelo Sesc 24 de Maio na capital paulista) atestam como negros, indígenas, mulheres, LGBTQI+ e outros grupos minorizados aprofundam práticas comunitárias para salvaguardar direitos em tempos de obscurantismo. Um dos destaques dessa edição é o nosso artista representado No Martins com sua série “#JáBasta”, que atenta para a violência policial contra jovens negras e negros nas periferias das grandes cidades brasileiras. Com esses trabalhos, o artista recebeu o Prêmio Sesc de Arte Contemporânea em 2019. Baixe aqui o catálogo completo em PDF, que além de apresentar todos os artistas participantes, reúne uma seleção de textos críticos inéditos.
REVISTA SERROTE – Uma das mais importantes revistas de ensaios do país, a “Serrote” (publicada pelo Instituto Moreira Salles), volta às livrarias com uma edição dupla, reunindo os números 35 e 36 em um volume de 336 páginas. Não deixe de conferir os textos dos vencedores do 3º Concurso de Ensaísmo Serrote – Maria Lucas, Evandro Cruz Silva e Raphael Grazziano -, além de ensaios de Rachel Cusk, Isabel Wilkerson, Thiago Amparo, Ronilso Pacheco, Juliana Borges, W.H. Auden, entre outros. Nosso artista representado Mulambö assina o ensaio visual desta edição super especial (em destaque na capa a sua obra “Faço fogo, carrego fogueira“, de 2019), e você pode encontrá-la nas melhores livrarias ou comprar direto no site da loja do IMS por aqui.
ROMANCE “OS TAIS CAQUINHOS” – A tela “Falconeira” (2013), da nossa artista representada Julia Debasse, ilustra a capa do romance “Os Tais Caquinhos”, da escritora cearense Natércia Pontes, recém-lançado pela Companhia das Letras. O livro é um romance de formação trágico e comovente, capaz de arrancar risos nervosos. Ao descrever o dia a dia de uma família simbiótica em meio à cordilheira de lixo que só faz crescer, a autora desenha um fascinante retrato de três pessoas que buscam conviver com seus sonhos e suas fantasias, suas manias e seus anseios, seus medos e suas revelações. Mais informações no site da editora por aqui.