O Gallery Week 2021 acontece entre os dias 8 e 12 de junho na cidade de São Paulo e apresenta uma programação gratuita de atividades com agentes do circuito das artes visuais. A agenda é promovida pelo SP-Arte Viewing Room em parceria com a ABACT – Associação Brasileira de Arte Contemporânea.
A Portas Vilaseca Galeria Galeria ocupa dois espaços na capital paulista com exposições inéditas.
No espaço Fonte, na Vila Madalena, apresentamos uma exposição coletiva em conjunto com as galerias Sé e Karla Osório. “Diamante-Grafite-Carvão” tem curadoria de Fernando Mota e trata de assuntos atemporais, operando como um laboratório de estudos para uma tradução artística experimental do universo químico e geológico em questão, a partir do desenvolvimento de projetos site-specific e da seleção de obras do acervo das três galerias. Seja no âmbito material ou teórico, a mostra propõe diálogos que atravessam disciplinas e áreas de conhecimento, colocando na mesma roda ciências humanas e exatas.
Participam nossos artistas representados Felipe Seixas, Íris Helena e Raquel Nava.
Raquel Nava expõe duas pinturas, em que a mistura de esmalte, poliuretano, acrílica, purpurina e colagem sobre tela resulta em uma explosão orgânica sem limites claramente definidos entre cores, linhas e substâncias – como se as pinturas ainda estivessem frescas, vivas, em formação. A artista também apresenta a escultura Lingam Mística, feita com casco de tartaruga, casco de caramujo, isopor, biscuit e penas, elementos ao mesmo tempo familiares e desconhecidos que, em metamorfose, despertam fascínio e repulsa. Duas outras esculturas de Nava com características semelhantes misturando taxidermia e materiais sintéticos provocam a mesma sensação de estranheza: Paisagens distópicas #1 (biscuit, pena de mutum e de carcará, dentes de cavalo, espinho de ouriço, placa de latão, rabo de furão, cristais e ouro de tolo) e Duo, um arco preto com duas imitações de cabeças do mesmo cachorro nas pontas em uma coloração de cobre.
Felipe Seixas apresenta uma instalação inédita composta por uma sequência de pequenas esculturas com bases de pedras amparadas por minerais e objetos originários de impressoras 3D; no centro dos pequenos totens há um monitor de televisão apoiado na parede imerso em um monte de areia – na tela o video sugere grãos de areia fazendo um caminho oposto à gravidade, um pó dourado em evaporação. A obra contrapõe materiais naturais a componentes tecnológicos e digitais, uma harmonia entre o material e o imaterial, uma amostra de um universo digno de ficção cientifica – ou seria um vislumbre de um universo paralelo?
Já Íris Helena expõe a instalação Memorabília, formada por totens de ferro e vidros de porta retratos com restos de fotografias empilhados. A obra versa sobre a transformação do status quo inicial, da ação do tempo sobre as matérias ordinárias do mundo e sobre o apagamento de nossas memórias e sentimentos. No contexto da exposição, Memorabília alude fisicamente à transformação do carbono de ponta a ponta – as bases escuras e opacas remetem ao carvão, as fotografias se dissolvem no meio como grafite, e os vidros empilhados formam estruturas translúcidas e afiadas como diamantes.
Clique aqui e baixe o PDF com todas as informações e documentação visual da mostra, incluindo texto crítico de Fernando Mota.
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SERVIÇO
Diamante – Grafite – Carvão
Data: 08 de junho a 24 de julho de 2021
Horário para visitação: de segunda a sábado, 12h-19h
Endereço: Espaço Fonte – Rua Mourato Coelho, 751 – Vila Madalena, São Paulo SP
Acesso para cadeirantes e respeito a todos os protocolos do COVID 19
Entrada gratuita
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