O artista Marcone Moreira participa da itinerância da Bienal das Amazônias na cidade de Marabá, no sudeste do Pará, onde vive e trabalha. Até o dia 17 de agosto, o SESC Marabá apresenta um recorte expositivo da primeira edição da Bienal, que aconteceu em Belém no segundo semestre de 2023, reunindo obras de 123 artistas da Amazônia brasileira dos oito países da pan Amazônia e da Guiana Francesa.
Marcone apresenta uma instalação que vem sendo desenvolvida há cerca de 10 anos. Determinante para a sua concepção foi a instalação de um frigorífico e de um curtume da empresa JBS em Marabá, o que resultou na infestação de maus odores que ainda permanecem como vestígios no ar da cidade. Os 120 ganchos de ferro incorporados à obra estão relacionados à sua pesquisa em torno de materiais estruturantes, como metal e madeira. Aqui, o artista faz uma analogia com os ganchos utilizados no abatimento de animais – seus elos em aberto e a iminente possibilidade de desmoronamento conferem à obra um caráter ambíguo, como sugere seu título “Sinergia Provisória“.
Com a curadoria de Keyna Eleison e Vânia Leal, a Bienal das Amazônias ainda seguirá por itinerância em outras cidades da região norte do país.
Mais informações: @bienalamazonias
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