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PORTAS VILASECA NA SP-ARTE 2023

Na SP-Arte 2023, a Portas Vilaseca Galeria apresenta uma seleção de obras de alguns de seus 24 artistas representados e também de artistas convidados. Clique AQUI e acesse o preview exclusivo.

Entre os destaques do stand (D12), está a participação da artista colombiana Leyla Cárdenas e do brasileiro Mano Penalva, cujas obras estarão em diálogo no espaço. Em comum, são artistas contemporâneos que têm sua pesquisa e prática guiadas por estratégias escultóricas radicais e pela relação da imagem com o espaço, com a fragilidade e resistência dos suportes e materiais, com a memória e com a apropriação e ressignificação de diferentes imaginários sócio-culturais.

Em um outro contexto, vamos aproximar as poéticas presentes nas obras do artista baiano Ayrson Heráclito e da artista maranhense Silvana Mendes. A obra de Heráclito deriva da ideia de sagrado expressa na ritualística e simbologia do Candomblé. Informado e instigado pela cosmovisão afro-brasileira de orixás e voduns, sobretudo da tradição Jeje-nagô, o artista recorre a linguagens diversas em trabalhos que exploram a matéria orgânica mobilizada pelos ritos dessa matriz até o limite da plasticidade e da significação. Com frequência, tiram partido também de seu sentido de performance, de transe, de ato mágico em que se evocam, purificam e reorganizam energias, histórias e memórias de herança negra e de violência colonial.

Já Silvana, através de suas “afetocolagens”, busca a desconstrução de visualidades negativas e estereótipos impostos aos corpos negros no curso da história Afro-Atlântica. A artista recorre ao muralismo e ao lambe como suportes para disseminação daquilo que considera uma “didática artística descolonizadora”, procurando debater os lugares de poder nas obras de arte, a elitização e o recorte social/racial dos movimentos artísticos.

Outros destaques do stand

– Duas telas do artista Chico da Silva (1910-1985), notável por suas composições figurativas fabulares que apresentam seres mitológicos, animais fantásticos e personagens preenchidos por pontilhismo e fundos amplamente trabalhados. Suas obras estarão em diálogo com duas esculturas inéditas do artista sergipano radicado no Rio de Janeiro Zé Carlos Garcia, recentemente premiado na feira Arco, em Madrid, pelo conjunto de sua obra escultórica sustentável; e também selecionado para participar da 22ª Bienal Sesc_Videobrasil, em outubro de 2023. Também estarão em diálogo com a obra de Chico da Silva uma pintura inédita do artista gaúcho radicado em Brasília, Ismael Monticelli, e uma série de desenhos em grafite e pastel da artista brasiliense Raquel Nava.

– Novas pinturas da aclamada série “Totalidades”, do artista carioca Pedro Victor Brandão. Atualmente, já são 41 telas concebidas para informar campos abstratos de cor a partir de técnicas de visualização de dados que refletem sobre diferentes regimes de acumulação e transferência de capital. Na feira, Brandão apresenta 3 novas pinturas que documentam (e prospectam para “0”) o preço decrescente de ações de três empresas que tem alto controle acionário em posse de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, sócios da firma multi-bilionária 3G Capital.

– Duas obras inéditas da artista carioca radicada em Berlim, Ana Hupe, que compõem sua série em processo “Utopia Despedaçada”. Esta série teve início em 2020, quando a artista decidiu rasgar as páginas de uma edição em alemão do livro “Utopia”, de Thomas More (1516), em uma máquina de triturar papel. A clássica utopia de More imagina uma sociedade ideal, mas impossível. O gesto de rasgar as páginas da sua obra em micro pedaços nega a definição de utopia ligada à conquista de territórios, que se atualiza hoje no desejo de colonização do espaço sideral. Reconstruir os pedaços rasgados em novas páginas através da colagem afirma a busca por outros caminhos utópicos.

– Duas pinturas inéditas da artista capixaba radicada no Rio de Janeiro, Kika Carvalho, que apresentou recentemente na Portas Vilaseca a sua primeira (e aclamada) exposição individual “Das promessas que a gente fez”, com texto crítico de Marcelo Campos.

– Uma seleção especial com pinturas inéditas em pequeno e médio formato do artista carioca Gabriel Secchin, cujo universo temático multi-referencial desvela uma atmosfera que seduz, tanto pelo incômodo que provoca quanto pela estranheza das personagens e narrativas que a habitam.

A galeria também irá apresentar obras inéditas de mais três artistas convidados, Arthur Palhano, Mirela Cabral e Paul Joseph Vogeler; além dos artistas representados Carolina Martinez, Deborah Engel, Íris Helena, Élle de Bernardini, Mulambö e Rafael Baron.

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©Portas Vilaseca Galeria.