Guerreiro do Divino Amor (Genebra, Suíça, 1983) é mestre em arquitetura pela École Nationale Supérieure d’Architecture de Grenoble e pela La Cambre em Bruxelas. Desenvolve sua produção entre instalações multimídia, filmes e publicações. Ao entrecruzar os campos da arquitetura, da ficção científica e do documentário, seus projetos discutem as construções simbólicas de território e poder a partir de simulacros das instituições sociais vigentes, promovendo deslocamentos e sátiras sobre o imaginário coletivo e as identidades nacionais. Combinando ironia e crítica social a uma estética barroca, Guerreiro converte discursos institucionais, arquitetônicos e midiáticos em universos superficcionais que desestabilizam narrativas hegemônicas e questionam as noções de realidade e verdade histórica na esteira das percepções sobre pós-colonialismo e globalização.

Desde 2005, o artista desenvolve a saga “Atlas Superficcional Mundial”, um vasto projeto que cartografa as formações simbólicas de nações, religiões, mídias e sistemas de poder. Em 2024, foi convidado pela Pro Helvetia para representar a Suíça na Bienal de Veneza com o projeto solo “Super Superior Civilizations”, apresentando os capítulos “The Miracle of Helvetia” e “Roma Talismano” de sua saga.

Ganhou a Bolsa Pampulha em 2019, mesmo ano em que foi vencedor do Prêmio Pipa. Entre suas exposições individuais destacam-se: “Superfictional Sanctuaries”, Centre d’Art Contemporain Genève, Genebra, Suíça (2025); “Civilizações Super Superiores”, no Centro de Arte Contemporânea W, São Paulo, Brasil (2019); e “Superficções”, no Paço das Artes e Museu da Imagem e do Som, São Paulo, Brasil (2018). Exposições coletivas mais recentes incluem: “Worlds Apart”, Pérez Art Museum Miami, EUA (2025); “Unfold X”, na Seoul Foundation for Arts and Culture, Seoul, Coreia do Sul (2025); “Time is on my side”, no Istituto Svizzero, Palermo, Itália (2025); “Reverberações Surrealistas”, no Museu de Arte Brasileira (MAB), São Paulo, Brasil (2024); Flávio de Carvalho experimental”, no SESC Pompeia, São Paulo, SP, Brasil (2022); “Ninguém teria acreditado”, na Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil (2021), entre outros.

Sua obra integra coleções de importantes instituições como: Aargauer Kunsthaus Collection (Suíça); FCAC Geneva, Cantonal Fund for Contemporary Art (Suíça); MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro (RJ, Brasil); Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo (SP, Brasil); Instituto Pipa (Brasil); Casa Niemeyer, Brasília (DF, Brasil); Museu de Arte da Pampulha – MAP, Belo Horizonte (MG, Brasil). Seus vídeos também estão na coleção de videoarte Alfredo Hertzog.