
Porto Alegre, RS, Brasil, 1987
Vive e trabalha em Brasília, DF, Brasil
Artista multimídia com um interesse especial na realização de pesquisas meticulosas e de longa duração, enfocando a relação entre ficção, arte e história. Trabalhando a partir de narrativas estabelecidas, Monticelli procura reorganizá-las, repensá-las e apresentá-las de outras formas, revelando outras facetas que não são vistas, ou que não são facilmente percebidas. Seus projetos têm gerado proposições em diferentes mídias, tais como instalações, fotografias, objetos e vídeos, e, mais recentemente, pinturas e esculturas.
Exposições individuais recentes incluem: “O Teatro do Terror”, com textos de Raphael Fonseca e Clarissa Diniz, Museu Nacional da República, Brasília, DF (2024) e Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, RJ (2025); “O que sobrenada, sobrenada no caos”, curadoria de Clarissa Diniz, Portas Vilaseca Galeria, Rio de Janeiro, RJ (2022); entre outras.
Exposições coletivas mais recentes incluem: “Horror in The Modernist Block”, curadoria de Melanie Pocock, Ikon Gallery, Birmingham, Reino Unido (2023); “Against Again: Art Under Attack in Brazil”, curadoria de Nathalia Lavigne e Tatiane Schilaro, Anya and Andrew Shiva Gallery, Nova York, EUA (2020); “Lost and found: imagining new worlds”, curadoria de Raphael Fonseca, Institute of Contemporary Arts – LASALLE College of the Arts, Singapura (2019); entre outras.
Em 2019, ganhou o 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça, maior prêmio destinado a artistas em atuação no Brasil, e foi contemplado com a Bolsa ProHelvetia de Residência para Artistas Sul-Americanos, realizada em La Becque Residence D’artistes, La Tour-de-Peilz, Suíça. No mesmo ano, realizou residência no Institute of Contemporary Arts de Singapura e no ArtSonica – Laboratório de experimentação artística, Oi Futuro, Rio de Janeiro. Em 2018, foi indicado ao Prêmio Pipa, e em 2017, foi um dos artistas ganhadores do Prêmio Foco da ArtRio. Mais recentemente, em 2024, foi selecionado para a 14ª edição da Bienal do Mercosul, que tem a curadoria de Raphael Fonseca e acontece em Porto Alegre em abril de 2025.
É Pós-graduado em Arte e Cultura Contemporânea / Processos Artísticos Contemporâneos pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ, Mestre em Artes Visuais / Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano pela Universidade Federal de Pelotas e Bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Suas obras fazem parte de importantes coleções institucionais, entre elas: Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro, RJ; Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – Porto Alegre, RS e Pinacoteca Aldo Locatelli – Porto Alegre, RS.





O Teatro do Terror
Quando o arquiteto francês Grandjean de Montigny projetou este edifício em 1819, suas referências estavam situadas alguns séculos antes, nos idos de 1400-1500, na Roma renascentista. Embalados pela Revolução Francesa [1789] e por suas transformações sociais e políticas, Montigny e seus contemporâneos buscavam reacender, por meio da retomada de premissas da arquitetura romana – canonizada como “clássica” –, alguns de seus princípios de ordem, racionalidade e moralidade, então considerados necessários àquele momento de ascensão da burguesia: uma classe anticlerical, antiaristocrática e antimonárquica.













