
São Luís, MA, Brasil, 1991
Vive e trabalha em São Luís, MA, Brasil
Silvana Mendes é uma multiartista visual cuja prática se manifesta por meio de uma pesquisa sobre questões raciais, territórios e políticas de afirmação. Estudante de Artes na Universidade Federal do Maranhão, trabalha com colagem, pintura, vídeo e fotografia, buscando novos significados para símbolos e narrativas visuais. Também utiliza murais e cartazes lambe-lambe como suporte para a difusão do que considera uma “prática artística decolonial didática”, com o objetivo de debater os lugares de poder nas obras de arte, o elitismo e o perfil social/racial dos movimentos artísticos.
Sua pesquisa aprofunda-se nas complexidades da identidade e do revisionismo histórico. Mendes transita pelas correntes turbulentas da história brasileira com suas “afetocolagens”, que desenterram narrativas esquecidas e desafiam representações dominantes da negritude. Seu objetivo é desconstruir visualidades negativas e estereótipos impostos aos corpos negros ao longo da história Afro-Atlântica. Através de apagamentos intuitivos de fundos e intervenções sutis, a artista dá nova vida ao arquivo colonial de fotografias, transformando-o em um corpo de memória coletiva e narrativa especulativa. Ao convidar o público a interagir com essas narrativas reconstruídas, ela catalisa conversas sobre reparação histórica e transformação social, inbuindo suas obras com um senso palpável de afeto e ressonância comunitária.
Exposições coletivas recentes incluem: “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira”, Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo e Rio de Janeiro (2024-2025); “Dos Brasis”, Sesc Belenzinho, São Paulo, SP; e Sesc Quitandinha, Petrópolis, RJ (2023-2024); “Dona Fulô e Outras Joias”, curadoria de Carol Barreto, Eneida Sanches e Marília Panitz, MAC Bahia, Salvador, BA (2024); “Um Defeito de Cor”, Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, RJ; e Sesc Pinheiros, São Paulo, SP (2022-2024); “Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para Brasileiros”, Instituto Moreira Salles – IMS, São Paulo, Brasil (2021-2022); entre outras. Em 2023, foi convidada a participar da Bienal do Cairo.
Seus trabalhos integram importantes coleções institucionais no Brasil, como: Museu Nacional de Belas Artes; Inhotim; Museu de Arte do Rio – MAR; e Museu de Artes Visuais do Maranhão.







